ESG: três letrinhas que estão revolucionando o mercado
Os fatores ESG trazem para o centro do mercado financeiro a reflexão sobre nosso papel como investidores e agentes de transformação na sociedade.
O que é ESG?
ESG ( Environmental, Social and Governance) ou o acrônimo ASG (Ambiental, Social e Governança) é um conjunto de critérios que auxilia bancos, gestoras, analistas e investidores em geral na avaliação e “scoring” das empresas, levando em consideração o comprometimento nos aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa em seus negócios.
Para uma alta pontuação ESG, a lógica da lucratividade deve andar lado a lado com estas métricas, gerando prosperidade e bem-estar, reduzindo os impactos no meio ambiente, criando biodiversidade, fortalecendo condições dignas de trabalho, promovendo a diversidade e os direitos humanos, remunerando de maneira justa, reduzindo a desigualdade, combatendo a corrupção, entre outras linhas de ação.
Qual é a importância do ESG no contexto atual?
Com o aumento da consciência sobre os desafios sócio-ambientais, os impactos das ações humanas no meio em que vivemos se tornaram cada vez mais visíveis nos dias de hoje. Assim sendo, os indicadores ESG ajudam os consumidores, que passaram a demandar produtos e serviços de empresas com valores sustentáveis, a perceber quais instituições compactuam com seus princípios.
A grande vantagem dos critérios ESG para os investidores é a transparência e segurança. O pilar de governança corporativa tem como principal objetivo fornecer informações sobre aspectos empresariais como políticas de diversidade, anticorrupção, contabilidade, etc. Além disso, estudos da MSCI, empresa americana do mercado financeiro que fornece ferramentas de análise, apontam que instituições que são socialmente e ambientalmente responsáveis têm maior probabilidade de evitar prejuízos causados por processos trabalhistas e ambientais, gerando valor para o acionista no longo prazo.
Por fim, para as empresas o comprometimento com os indicadores ESG tendem a contribuir para conquista e fidelização de novos consumidores e investidores, atração e retenção de funcionários e valorização da marca. Ademais, os critérios ESG, que visam a criação de ambientes de trabalho mais diversos, podem contribuir para uma maior competitividade em relação aos concorrentes. Segundo o estudo “Delivering Through Diversity” da McKinsey & Company, as empresas com mais diversidade de gênero têm 27% mais chances de superar as outras em relação à criação de valor à longo prazo.
Investimento ESG: No Brasil e no mundo
Os critérios ESG ganharam muito destaque no ano de 2019, quando o Larry Fink, CEO da BlackRock, maior gestora de investimentos do mundo, com cerca de RS$ 36,5 trilhões sob gestão, divulgou uma carta que colocava a sustentabilidade como o novo padrão de investimentos da instituição, informando que as empresas sem um alinhamento ESG e que não cumprem suas obrigações perante a sociedade, seriam deixadas para trás como prioridade de investimento. Em 2019, o investimento sustentável (baseados em critérios ESG) já representava quase 30 trilhões de dólares no mundo, de acordo com dados da Morningstar compilados pelo Morgan Stanley.
Ademais, neste ano os fatores ESG e sustentabilidade foram os temas centrais do Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum), organização sem fins lucrativos que seleciona e reúne anualmente líderes empresariais e políticos do mundo todo, com o objetivo de discutir os tópicos de maior urgência na atualidade, incluindo principalmente saúde e meio-ambiente. Com isso, pode-se perceber não só o quão recente é o tema, mas também a importância dessas medidas para a sociedade como um todo.
No Brasil, o tema ganhou destaque esse ano quando fundos de investimento estrangeiros afirmaram à agência “Reuters” que deixarão de investir no país, caso não seja apresentada uma solução para o desmatamento na Amazônia. Em uma carta aberta, instituições colocaram em estado de alerta a perda da biodiversidade e a crise climática, essas que representam um “risco sistêmico” aos seus portfólios.
A atual crise do coronavírus está evidenciando ainda mais a importância de investimentos ESG. A pandemia está afetando diretamente a saúde da população, além de afetar a qualidade de vida, aumentando a desigualdade, a pobreza e a escassez de recursos. Assim sendo, com a reabertura das economias, é fundamental que exista uma maior responsabilização em relação aos aspectos socioambientais por parte das empresas, dos governos e da sociedade.
Trê e ESG:
O mercado está valorizando cada vez mais os fatores ESG para decisões de investimento. Dessa maneira, é possível gerar impacto positivo, não apenas consumindo produtos de empresas social e ambientalmente responsáveis, mas investindo nelas também.
A Trê é uma organização que busca atender essas necessidades da sociedade, selecionando causa negócios de impacto com pessoas que possuem o desejo de investir com consciência, por meio do investimento coletivo. Importante ressaltar que investimento de impacto pode ser considerado uma categoria dentro do universo de investimentos ESG, onde os negócios investidos são comprometidos a partir de seu modelo de negócio central a gerar benefícios sociais e ambientais.
A Trê, portanto, traz visibilidade ao tema por meio das soluções financeiras que traz ao mercado, e pela transparência dos critérios utilizados na seleção de negócios para investimentos com causa.Um exemplo disso é Covida20, projeto da Trê com parceria do Capitalismo Consciente Brasil, Sistema B Brasil e Din4mo.
Quer conhecer mais sobre o Covida20? Acesse o link: https://covida20.com.br/